Marconi Perillo e Edson Ferrari são aliados de longa data

Edson Ferrari e TCE perdem queda de braço com o governo

A revelação de que o conselheiro Edson Ferrari mantinha a namorada como empregada em seu gabinete faz com que ele e Tribunal de Contas do Estado sejam os perdedores na queda de braço com o governo estadual sobre a fiscalização das contas do órgão. E isso independe da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ação movida pela associação dos tribunais, a pedido do TCE. 

Tudo começou com o tribunal colocando dificuldades para contratação de unidades de saúde, a exemplo do hospital do câncer para atender crianças, o CORA. Os conselheiros viram problemas em formas de contratação já executadas com sucesso pelo governo federal e outros estados. Esse “pêlo no ovo”, para usar um ditado popular, tem uma origem: o tribunal agiu atendendo pedido do PSDB (leia-se ex-governador Marconi Perillo, de quem Ferrari foi secretário particular). 

Ato contínuo, a Assembleia Legislativa propôs lei para fiscalizar as contas do tribunal, o que fez os conselheiros espinharem e divulgarem nota pública reclamando de retaliação. Em seguida, o governo estadual suspendeu as cessões de servidores do Estado ao tribunal. Foi aí que os goianos descobriram a relação de nepotismo desenviolvida no gabinete de Ferrari, que se dava sem nenhum questionamento dos colegas de tribunal.

Depois disso, ainda teve o parecer da Advocacia Geral da União (AGU) dizendo ser legal que a Assembleia fiscalize as contas do tribunal. Com isso, os deputados buscam cumprir o seu papel de vigiar os vigilantes, a fim de evitar uma casta de intocáveis.

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