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Falta de sacos de lixo simboliza fracasso dos 100 dias iniciais da gestão Mabel

A falta de sacos de lixo simboliza o fracasso dos 100 primeiros dias da gestão Mabel em Goiânia e expõe o descumprimento de uma das principais promessas de campanha: priorizar a zeladoria urbana. A escassez do material básico para o serviço de limpeza urbana demonstra a desorganização administrativa que compromete o funcionamento da capital.

Zeladoria: promessa de campanha não cumprida

Durante toda a campanha eleitoral, Sandro Mabel enfatizou que a zeladoria seria prioridade absoluta em seu governo. Contudo, após 100 dias à frente da prefeitura, a realidade nas ruas aponta para o contrário. A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) opera sem condições básicas, com servidores improvisando na limpeza urbana.

Conforme publicado pelo jornal O Popular, os serviços de limpeza da capital estão severamente comprometidos. Sem sacos de lixo fornecidos aos servidores da Comurg, o trabalho tornou-se ineficiente, resultando em resíduos empilhados nas vias públicas, posteriormente espalhados pela chuva e pelo trânsito de veículos.

Ilustrar a situação da Rua do Lazer
Rua do Lazer, no Centro, uma semana depois do Carnaval de 2025

Guerra institucional agrava a crise

A situação é intensificada pelos conflitos entre a prefeitura e a Comurg desde o início da gestão. Essa desarmonia institucional tem prejudicado a implementação das melhorias prometidas e afetado diretamente a qualidade da limpeza urbana em Goiânia.

A falta de sacos de lixo simboliza o fracasso dos 100 primeiros dias da gestão Mabel em Goiânia, revelando problemas mais profundos de planejamento e coordenação administrativa. A Comurg reconhece a escassez do material, porém não apresenta prazos concretos para normalização, limitando-se a informar que “a regularização seguirá processos legais e com respeito ao dinheiro público”.

Tentativa de solução tardia

As informações divulgadas mostram que apenas em 27 de março foi aberto pregão eletrônico para aquisição de fardos com sacos plásticos biodegradáveis. O valor estimado foi de R$12,84 milhões para compra de 200 mil pacotes de sacos de lixo, com fornecimento previsto para 24 meses.

Enquanto isso, os profissionais de limpeza urbana trabalham em condições inadequadas. As equipes de varrição improvisam para manter o serviço, enquanto as equipes de coleta tentam minimizar os transtornos à população utilizando equipamentos insuficientes.

Necessidade de reorganização urgente

Para reverter o quadro negativo que marca seus primeiros 100 dias, a administração municipal precisará resolver rapidamente os problemas de fornecimento de insumos básicos e melhorar o relacionamento com a Comurg, empresa responsável pelos serviços essenciais de limpeza urbana.

A população de Goiânia continua esperando que as promessas relacionadas à zeladoria urbana saiam do papel para a realidade, transformando positivamente a paisagem da capital que atualmente sofre com o acúmulo de lixo em diversos pontos.